Inovações marcaram a história dos modelos BMW GS desde sua origem há 40 anos

Relembre os marcos dessa jornada.

Em 1980 nascia um mito, uma moto para grandes viagens por qualquer tipo de estrada: a BMW GS, que agora completa 40 anos. A família de modelos todo-terreno da BMW estreou com a R 80 GS já inovando em tecnologia e vencendo o rali Dakar na primeira participação. 

Aplicando em uma big trail o motor alemão de 2 cilindros opostos, que chamamos de “Boxer”, a BMW Motorrad elevou o patamar de performance das motos de uso misto com 797cc. No final da década de 70, as motos para uso misto ainda eram uma criação recente e não passavam de 500cc. 

Outra grande diferença em relação ao que já existia no mercado trail era a transmissão final por eixo cardã, mais durável que o sistema por corrente. Foi a aplicação da tradicional fórmula alemã, usada desde o primeiro modelo da marca na década de 20 em uma todo-terreno.

A configuração era ideal para viajar levando bagagem pelo asfalto e enfrentar obstáculos em caminhos sem pavimentação. O motor tinha a característica de entregar ótimo torque em baixas rotações, ideal para percursos off-road.

E na R 80 GS os engenheiros alemães foram além da instalação de suspensões de longo curso e rodas grandes. A GS nasceu com o braço oscilante da suspensão traseira integrado ao eixo cardã, tambor de freio e cubo de roda.

Do lado direito ficava o conjunto ligado a apenas um amortecedor, outra inovação comparada aos sistemas bichoque com amortecedores dos dois lados. À esquerda, a roda raiada ficava completamente à mostra com a saída do sistema de escapamento. 

Assim a R 80 GS foi coroada com a vitória no rali Dakar de 1981, logo depois do lançamento. A confiabilidade da nova big trail foi comprovada em 12.000 km de prova. Feito que foi repetido em 1983, e nos dois anos seguintes a GS continuou vencendo. 

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A moto que vencia o rali mais desafiador do mundo também podia ser usada pelo motociclista comum no dia a dia ou para realizar o sonho de uma aventura extrema. Na época, até uma versão comemorativa Paris-Dakar foi criada com tanque maior de 32 litros em vez 19.

A BMW não parou de aprimorar a R 80 GS na segunda metade da década de 1980 e também completou a linha com a R 100 GS, de 980cc. Na R 100 GS estreou uma nova configuração da suspensão traseira com adição de uma barra somando estabilidade ao conjunto, que foi batizado como sistema paralever. 

A evolução seguinte foi a R 1100 GS, em 1994. Além do salto de performance do novo motor, a grande inovação foi a nova suspensão dianteira telelever: um amortecedor instalado acima do garfo dianteiro foi fixado a uma bandeja e ao chassi da GS. Isso soma capacidade de amortecimento e diminui a variação de geometria, reduzindo bastante o efeito de “mergulho” da dianteira, por exemplo. 

O motor da GS seguiu crescendo nas sucessoras 1150, 1200 e na atual R 1250 GS. E evoluindo com 4 válvulas por cilindro, refrigeração líquida, comando duplo variável.

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Durante os anos também cresceu a família GS, com os modelos F de 2 cilindros paralelos hoje representados pelas F 750 e 850 GS, além da monocilíndrica de baixa cilindrada G 310 GS.

Ter uma GS se transformou em um estilo de vida de motociclistas apaixonados por viagem e aventura, que se encontram pelas estradas do mundo. Os 40 anos da GS representam também as últimas décadas de evolução do conceito de moto de uso misto, que alimentaram a criação desse mito das big trail.

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